sábado, 21 de setembro de 2013

Psicologia Ambiental

     A Psicologia do Meio Ambiente é uma subdisciplina ou concorrente da Psicologia ainda desconhecida. Ela é bem próxima da vida concreta, estando em relação íntima com temas como a qualidade de vida no entorno imediato ou comportamento humano relativamente à proteção do Meio Ambiente.



     A Psicologia do Meio Ambiente ocupa-se com a interação entre o ser humano e o seu entorno. No seu agir, as pessoas são fortemente influenciadas pelo meio. Mas elas também exercem influência sobre este, à medida em que se adaptam às suas necessidades. O ser humano e o meio ambiente, por tanto, tem de ser considerados sempre como correlatos.



     Em primeiro plano, para a Psicologia do Meio Ambiente, estão o planejamento e a conformação do ambiente. Ademais, examina-se como o ambiente é percebido, avaliado e julgado. De grande interesse são também os assim chamados estressores ambientais, como o ruído, ou o calor ou até mesmo o meio de locomoção das pessoas. 

Psicologia Do Mercado, Da Propaganda E Do Consumidor

     As marcas de produto e serviços são relacionadas com muitas qualidades e experiências pessoais. Juntamente com associações, emoções e a aparência de um produto surge também a imagem. O que importa para a Psicologia da Propaganda é saber em que a medida de um produto desperta o desejo de compra no consumidor e o "fideliza". Para que um consumidor seja motivado a comprar, são aplicadas diversas estratégias que também fazem uso de mecanismos psicológicos, tais processos de percepção, de aprendizagem e de memorização, bem como fatores de ordem sócio-psicológica.


Psicologia Organizacional E Do Trabalho

     As pessoas passam grande parte de seu tempo no trabalho. Trabalham somente pela segurança financeira ou há outros fatores que os motivam a trabalhar? O trabalho parece ser importante não apenas para o status social, mas também exerce influência sobre o desenvolvimento da personalidade, a saúde e o comportamento durante as horas de lazer.
     A Psicologia do Trabalho ocupa-se com questões acerca de como tem de ser o local de trabalho para que as pessoas trabalhem nele com prazer, ou de como alterações nas condições de trabalho - como, por exemplo, novas tecnologias ou horário flexível - refletem sobre o trabalhador, etc... Igualmente interessa-lhe como o desemprego afeta a pessoa.



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Psicologia Clínica


   Quando uma pessoa está doente e quando está sadia? No que diz respeito a doenças físicas, a resposta é relativamente fácil. Há sintomas e critérios médicos que permitem diagnosticar uma pessoa como doente. Em relação a doenças psíquicas, contudo, a situação já é mais complicada.



     Uma pessoa é considerada psiquicamente doente quando ela desvia significativamente do comportamento e da vivência das pessoas sadias, sofrendo ou não com isso. Quanto ao surgimento de distúrbios psíquicos, parte-se hoje do assim chamado princípio biopsicossocial. Isso significa que tanto fatores biológicos, como genes, estrutura cerebral ou processos químicos, quanto fatores sociais, como, por exemplo, papéis e expectativas, e fatores psicológicos, como estresse ou trauma, desempenham algum papel nesse processo de adoecimento.

A Idade Adulta - Psicologia Do Desenvolvimento

     Não há uma idade fixa que defina a entrada na vida adulta. Característica dessa fase é a independência dos pais. O desenvolvimento na idade mais avançada é marcado por ganhos e perdas. Com a idade, aumenta a quantidade de experiência, bem como se desenvolve a sabedoria. Contrariamente, a constituição física e mental decai. As pessoas mais velhas demonstram disposição em olhar para trás, enquanto para os jovens, o mais importante é o que vem pela frente.


      Em meados da vida adulta, entre os 40 e os 60 anos de idade, muitas pessoas já alcançaram seus objetivos privados e profissionais. Elas estão conscientes de não mais pertencerem ao mundo dos jovens. O corpo começa a envelhecer. A carreira atingiu o seu auge, os filhos deixam a casa paterna e a relação com o conjugue é marcada pela rotina. Será inevitável, nessa fase da vida, a assim chamada crise da meia idade?


     Em todos os períodos da vida ocorrem problemas e mudanças graves, de modo que os acontecimentos da meia idade não constituem uma exceção à regra. A proporção de sentimentos negativos é maior entre os 18 e os 34 anos, e vai decrescendo até a idade de 65 anos. Depois quase não há alteração nesse quadro. As pessoas de idade mais avançada parecem ser capazes de controlar melhor os sentimentos negativos e de concentrar-se mais nos sentimentos positivos.
     Uma questão interessante, nesse sentido, é como pode a pessoa envelhecer de um modo bem sucedido. Duas coisas tem de ser levadas em consideração aqui: por um lado, a satisfação com a vida até aqui e, por outro, a perspectiva de futuro. As pessoas que envelhecem bem tiram proveito das experiências passadas a fim de enfrentar o presente e elaborar metas futuras. As pessoas idosas felizes são otimistas. Ademais, elas se concentram no essencial da vida.  As pessoas idosas satisfeitas buscam o contato com os outros, e estão em condições de dar e receber apoio social. Elas dispõem de estratégias de adaptação ao envelhecimento cognitivo, concentrando-se em atividades com as quais, no curso de suas vidas, elas desenvolveram capacidades muito boas. A qualidade de vida das pessoas mais velhas melhora quando estas ainda assumem tarefas de grande responsabilidade. Nesse caso, decresce a probabilidade de declínio das capacidades cognitivas.


     A avaliação da própria capacidade de controle também exerce influência sobre o sentimento de bem estar. As pessoas que perdem o controle sobre certos aspectos da vida, por exemplo, em dificuldades financeiras, são em geral menos satisfeitas. Nesse caso, podem surgir doenças psíquicas como a depressão. Por meio da atividade e da assunção de novos desafios, o declínio da capacidade de realização do idoso pode ser protelado ou, então, podem ser desenvolvidos comportamentos compensatórios.










































































































     

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A Juventude - Psicologia Do Desenvolvimento

     A juventude, ou adolescência, é marcada por intensas transformações corporais e psíquicas. Nessa fase, o jovem tem de enfrentar inúmeros desafios. Os relacionamentos crescem em importância, e pela primeira vez se consentem laços íntimos. Os teenagers pensam em seu futuro, sobretudo na escolha profissional. A formação de uma pessoa responsável, com opinião própria, única, tanto para si como para os outros, é muito importante para o desenvolvimento da identidade. Nesse processo podem surgir sentimentos de insegurança e de mal estar.


     A busca pela própria identidade pode realizar-se de modos diversos, conforme a cultura. Nos povos naturais, por exemplo, o jovem toma ciência dos papéis que deverá desempenhar futuramente no clã por meio de ritos de iniciação.
     Ele (jovem) é iniciado nos usos e em costumes secretos. As questões acerca de casamento e sobrevivência são decididas pelo membro mais idoso do clã. Já para o jovem europeu não existe nenhuma regra clara sobre quando se devem assumir determinadas tarefas, como o início da vida profissional.


     A procura da identidade não termina com a idade adulta. Cada acontecimento crítico, como a morte de uma pessoa querida ou o desemprego, pode reavivar a questão da identidade própria. Nesta fase, as relações sociais também são reformuladas. Com destaque para o desligamento da família. O jovem distancia-se dos valores e do modo de vida de seus pais. Ele deseja ter uma vida independente e autônoma. Com isso, os laços familiares são modificados.


     Os principais pontos de conflito nessa fase são a roupa, o comportamento e a influência do peer group, ou seja, o grupo dos jovens de mesma faixa etária e posição social. Quando os pais se mostram interessados, os jovens os escutam e demonstram empatia, surgindo assim um bom relacionamento. Além dos pais, o peer group cresce em importância. No seio do grupo, novos valores e comportamentos são experimentados e assumidos, laços de amizade são atados e outros jovens são escolhidos como referência. Se o grupo, contudo, exercer uma pressão excessiva, o desenvolvimento de uma identidade própria pode ser prejudicado. Característica dessa fase é o desenvolvimento de uma cultura jovem, que se expressa na vestimenta, na música e na linguagem.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A Idade Escolar - Psicologia Do Desenvolvimento

     Nessa fase, desenvolvem-se pela primeira vez laços de amizade entre crianças de mesma idade. A razão disso é uma alterada percepção das pessoas. Quando se pede a crianças abaixo de sete anos de idade que descrevam pessoas conhecidas, obtém-se com frequência respostas como "somos da mesma classe" ou coisas semelhantes. Crianças mais velhas descrevem os outros por características pessoas relevantes, como "é gentil" ou "lê bem", etc.


     Na idade do ensino básico, desenvolvem-se entre as crianças uma confiança recíproca. Pensamentos pessoais são confidenciados a outra criança, em geral do mesmo gênero. O contato com o outro gênero é evitado. Somente nos primeiros anos da juventude será superada essa separação entre os gêneros.

Idade Pré-Escolar - Psicologia Do Desenvolvimento

     Nessa fase, além do desenvolvimento cognitivo, processa-se também o desenvolvimento social. Característico dessa fase da vida é a identificação com o gênero. Entre dois e três anos, as crianças tomam consciência de que são meninos ou meninas. Constitui-se assim a identidade sexual. Com três ou quatro anos, elas aprendem com que brinquedos os meninos e as meninas respectivamente brincam, e quais comportamentos lhes são adequados.


     Quando interrogadas, as crianças na idade do ensino infantil se mostram satisfeitas com o próprio gênero, uma vez que elas praticam com prazer as atividades relacionadas com o seu sexo (será que isso ocorre em todos os casos? Creio que não). Ou seja, os garotos gostam de jogar futebol, e as garotas, de brincar de boneca. Ainda na época da pré-escola, consolida-se a consciência de que o gênero é invariável.


     Há diversas teorias acerca do surgimento da identidade sexual. A Psicologia da Aprendizagem, por exemplo, parte do princípio de que as crianças se desenvolvem dentro dos respectivos papéis. Os pais influenciam o comportamento específico de gênero de seus filhos e filhas antes de estes terem desenvolvido a identidade sexual. Observou-se, com efeito, que crianças de dois anos são elogiadas pelos pais quando as meninas exercem atividades tipicamente femininas e os meninos, masculinas. Em geral, são os pais que dão mais importância a se os filhos fazem jus às expectativas relativas à identidade sexual. Eles tem mais dificuldade, por exemplo, em aceitar que seus garotos brinquem de boneca.


     As crianças observam as pessoas pertencentes ao mesmo gênero. As meninas prestam atenção em como suas mães, as amigas destas ou mesmo mulheres da televisão se comportam e as imitam. Nessa época, os contatos com crianças da mesma idade são importantes para o desenvolvimento de conceitos como lealdade e justiça social. O desempenho de papéis ajuda as crianças em seu desenvolvimento social. Nesse processo, elas podem dar expressão aos próprios desejos e necessidades. Quando surge um conflito no desempenho de certo papel, há sempre a possibilidade de exercitar o domínio de tal situação.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

CuriosiDaDe!

                                                           Saiba  +

   Em geral, quando há risco de aborto durante os primeiros meses de gravidez, aplica-se na mãe um hormônio que depois se transforma em Testosterona, o hormônio masculino. Com frequência, após esse tratamento, os fetos femininos vem ao mundo com órgãos sexuais externos semelhantes aos masculinos.
     Essas meninas são criadas pelos pais como meninos, até que o erro seja notado. Elas são submetidas então a um procedimento cirúrgico. Quando a cirurgia corretiva é realizada antes dos 18 meses, as meninas não tem problema em assumir a identidade sexual feminina. Mas quando a operação é feita somente aos três anos de idade, as meninas tem dificuldades em assumir o novo papel sexual. Elas se comportam como meninos, preferindo brinquedos tipicamente masculinos e tendo mais meninos do que meninas como parceiros de brincadeira.



   

Primeira Infância - Psicologia Do Desenvolvimento

     Do nascimento até a idade de dois anos, a criança desenvolve-se muito rapidamente. Não somente aumentam tamanho e peso, como também se desenvolvem a fala e as funções motoras e cognitivas. Igualmente importante é o desenvolvimento do vínculo sócio-emocional. Já no fim do primeiro ano de vida, as crianças do mundo todo desenvolvem um vínculo sócio-afetivo com alguma pessoa próxima. Na fase pré-vínculo, não é ainda importante para o recém-nascido por quem ele é alimentado e consolado. No terceiro mês de vida se dá então a transição para a fase preparatória do vínculo.



     Agora começa a dar preferência a uma pessoa próxima, por exemplo, a mãe. O bebê sorri frequentemente para a mãe, podendo ser mais rapidamente acalmado por ela do que por outras pessoas. Depois do sexto ou sétimo mês, tem início as fases dos vínculos mais definidos, na qual se desenvolvem relações com pessoas determinadas. Além do relacionamento com a mãe, desenvolvem-se vínculos com o pai, os avós, irmãos e com outras pessoas. O vínculo da criança com uma pessoa pode variar qualitativamente.
     Mary Ainsworth (1913-99) investigou como os bebês reagem à sua mãe num ambiente estranho, quando esta sai do quarto por alguns instantes e então retorna. Ela descobriu dois tipos de vínculo, o seguro e o inseguro.
     Crianças com vínculo seguro mostram, após adentrarem o quarto com suas mães, um vivo interesse pelos brinquedos disponíveis. Durante a brincadeira, elas sempre procuravam a mãe com os olhos. A chegada de outra pessoa não provocou nas crianças nenhuma reação. Assim que, porém, notaram que a mãe deixou o quarto e que elas ficaram sozinhas com a pessoa estranha, as crianças param de brincar, começando algumas delas a chorar. Mas assim que a mãe retornou ao quarto, as crianças se alegraram e se aproximaram dela.
     Por sua vez, as garotas e os garotos com um vínculo inseguro em parte nem se ocuparam com os brinquedos quando a mãe estava presente. Outras já nem perceberam a mãe e não ficaram parcialmente inquietas quando esta deixou o quarto. Muitas crianças nem tomaram conhecimento do seu retorno. Ainda outras se agarraram às suas mães, enquanto houve aquelas que gritavam de raiva ou repeliam a mãe quando esta queria confortá-las.


Mary Ainsworth (1913-99)

     A qualidade do relacionamento depende, dentre outros fatores, do comportamento da pessoa-objeto, em especial de como esta reage aos sinais da criança. Se a mãe for sensível às necessidades da criança e lidar com esta de modo amoroso, muito provavelmente surgirá entre ambas um vínculo seguro. Mães insensíveis ignoram o contato visual ou as manifestações vocais da criança. 
     Outro fator importante para a qualidade do vínculo é o temperamento. Relativamente há crianças dóceis a hora de dormir, por exemplo, é de fácil previsão, não havendo com elas também nenhum problema durante as refeições. Já as crianças difíceis não possuem horário de dormir fixo, estão quase sempre de mau humor e se adaptam a novas situações com dificuldades.
     A qualidade do relacionamento sócio-emocional determina o desenvolvimento futuro, de modo que crianças com um vínculo seguro demonstram ter, nos anos posteriores, maior competência social, melhores relacionamentos e mais amizades do que as crianças com um tipo de relacionamento inseguro.
 

sábado, 10 de agosto de 2013

Psicologia Do Desenvolvimento

     Em primeira linha, a Psicologia do Desenvolvimento trata das seguintes questões: "Quem se desenvolve?" e "Em que sentido se desenvolve uma pessoa?". Durante muito tempo, a Psicologia do Desenvolvimento referiu-se apenas a crianças e jovens. Partia-se do princípio de que o desenvolvimento decorria gradualmente em todas as pessoas com o fim de tornar-se um adulto capaz.
     Apenas mais recentemente é que o desenvolvimento foi referido a todas as idades ou fases da vida. Tomando como referência o desenvolvimento completo de uma vida humana, observa-se que em cada fase de desenvolvimento há crescimento e decadência.


Fases Do Desenvolvimento Humano
 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Psicologia Social

     O ser humano é um ente social, isto é, ele passa muito tempo na companhia de outros, seja na família, seja com amigos ou colegas de trabalho. Algumas pessoas procuram a proximidade; outras, manter a distância. Isto depende de como a pessoa julga os outros e a que grupos ela mesma se associa. Os modos pelos quais são formados os grupos ou pelos quais surgem as relações interpessoais, e que dinâmica resulta daí, são objetos da Psicologia Social.


Princípio Behaviorista

     Segundo a teoria Behaviorista ou Comportamentalista, a personalidade individual de uma pessoa surge por meio de sua história de aprendizado. Isso significa que o comportamento é marcado por todas as experiências de premiações e punições por meio de condicionamentos clássicos e operantes. As diferenças entre as pessoas não podem ser explicadas apenas pelo processo de aprendizagem. Os recém-nascidos já mostram características pessoais distintas.


Condicionamento do rato na caixa de Skinner

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A Teoria Dinâmica Da Personalidade Por Sigmund Freud

     Segundo Sigmund Freud (1856-1936), as pulsões são responsáveis pelas ações. Tensões pulsionais surgem quando se acumula uma determinada quantidade de energia. A psique está, segundo ele, empenhada em desfazer essa tensão, tendendo a dissipá-la. A mais importante das pulsões é a sexual.


Sigmund Freud (1856-1936)


     Segundo Freud, imediatamente após o nascimento, os seres humanos possuem apenas as pulsões ou instintos inatos. A instância em que estas pulsões estão localizadas é denominada por ele de ID. Por meio do contato com o mundo ambiente se constitui outra instância, o EGO em alemão, que faz a mediação entre os desejos do ID e as exigências do mundo circundante. Ademais postula ele como instância moral o SUPEREGO [em alemão, Über-Ich], o qual constitui a assim chamada consciência ou certeza moral [Gewissen]. O SUPEREGO surge da internalização das normas e dos valores sociais e paternos. É uma instância de controle, que vigia e supervisiona o EGO e, por conseguinte, também o ID. E exerce uma influência decisiva sobre a repressão ou o recalque, no subconsciente, das pulsões e dos desejos do ID.

                                        

     Segundo a teoria de Freud, a personalidade é condicionada pela ação conjunta e pela expressão diferenciada das três instâncias. A satisfação das pulsões infantis também desempenham um papel no desenvolvimento da personalidade. Se, numa dessas fases, for concedido demais ao ID ou se, ao contrário, ele for reprimido, dá-se então uma fixação na respectiva fase, o que leva à determinação do comportamento. Freud descreve as fases Oral, Anal e Fálica.



Fase Oral


     A fase Oral dura até o segundo ano de vida. A criança obtém o seu sentimento de prazer da região bucal, estando em primeiro plano a admissão de alimentos e a sucção de objetos. A fixação nessa fase leva, na idade adulta, a um elevado consumo oral, como comer, beber ou fumar.


Fase Anal

     Do segundo ao terceiro anos de vida, a criança percorre a fase Anal, estando em primeiro plano  a excreção e cujo controle é consciente. A fixação nessa fase resulta frequentemente na mania incontrolável pela ordem, bem como em avareza e teimosia.

Fase Fálica

     Na fase Fálica, que dura do quarto ao sexto ano de vida, as crianças exploram o próprio corpo e descobrem a região genital. Clítoris e pênis são estimulados. Nessa época, os meninos rivalizam com os pais em favor da mãe. Surge o chamado Complexo de Édipo, combinado com o medo de ser castrado, como punição, pelo pai. Meninas sentem-se inferiorizadas, uma vez que lhes falta o pênis. Assim surge a inveja do pênis. Além disso se desenvolvem inveja e ciúme, pois elas se voltam para o pai, entrando assim em concorrência com a mãe. Esse fenômeno é conhecido como Complexo de Electra, uma analogia feminina ao Complexo de Édipo. Havendo aqui uma fixação,o Complexo de Édipo se manterá, constituindo assim um comportamento machista.
   





sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Psicologia Da Personalidade

     Cada ser humano é único, distinguindo-se dos demais. Algumas pessoas possuem um temperamento forte, outras são mais calmas ou temerosas. A Psicologia da Personalidade ocupa-se com essas particularidades individuais da vida e comportamento humanos. Ela investiga como surgem e quão frequentes e estáveis são as diferenças individuais. No centro da Psicologia da Personalidade estão as características pessoais, como temperamento, inteligência, criatividade e ansiedade.


Gestaltopsicologia Ou Psicologia Da Forma (Gestalt)

     "O todo é maior que a soma de suas partes." Essa frase descreve a ideia básica da Psicologia da Gestalt ou da Forma. Uma melodia, por exemplo, não é uma mera soma de sons singulares. O que é decisivo na melodia são a sequencia, a ordenação e a relação dos tons, ou seja, a assim chama forma.
     O organismo humano aspira por informações unívocas, ordenadas e sensatas. No contexto da Psicologia da Forma, essa tendência é chamada de pregnância. A assim chamada boa forma é criada por meio de clareza, estruturação, semelhança, regularidade, simplicidade e univocidade. Círculos, quadrados, gotas e cubos são exemplos de formações pregnantes.



Círculo: uma forma pregnate.

     Se há informações incompletas, estas são adequadamente completadas. Sempre se tenta ver um modelo como um todo, mesmo quando apenas partes estão disponíveis. Do mesmo modo, planos não totalmente simétricos são vivenciados como iguais. Assim, um plano cinza, que passa do cinza claro para o cinza escuro, é percebido como unitário. Este fenômeno é denominado na Psicologia da Gestalt de "Assimilação". Mas se esse plano for dividido por um traço, portanto, se for estabelecido um contraste, então surgem dois planos claros diferentes. Por meio de contraste surge assim o chamado fenômeno "Figura-Fundo": estímulos menores, mais claros e mais bem estruturados são destacados como figura, enquanto estímulos maiores e mais escuros formam o pano de fundo.
     O modo como algo é percebido depende, portanto, do contexto, da relação com o todo. Estando próximos um do outro, lado a lado, os estímulos são percebidos como conexos e compreendidos na mesma figura (lei da proximidade). Segundo a lei da semelhança, a conexão ou copertinência de estímulos também depende de suas cores, forma, altura ou intensidade. Assim, embora incompleto ou imperfeito, um modelo ou padrão de estímulos pode ser percebido como completo ou perfeito.

Imagem que representa: figura-fundo.



quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Muito Obrigado

     Quero agradecer a todos que visitam e comentam o meu blog, pois o criei com o propósito de compartilhar com todos o pouco conhecimento que possuo de Psicologia, e gostaria de receber de volta esse conhecimento, através de comentários. Comentem pessoal, quero saber o que estão achando dos postes, se estão aprendendo com eles, ou até mesmo se falta alguma coisa.
     Aceito sugestões aqui pessoal, e um muito, muitíssimo obrigado!


E-mail: romulo.victor@hotmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/romulo.victor1






Psicofísica

     No começo da história da Psicologia já eram investigados os processos perceptivos, por exemplo, por Helmholtz, Weber e Fechner. Em particular, investigava-se a relação entre a qualidade de estímulos físicos, como luz ou som, e as reações provocadas por eles. Por exemplo, pessoas-cobaia tinham de comparar pesos. Nesse caso se verificou que pequenas diferenças de peso não eram percebidas. Quanto maior era a diferença entre os dois pesos, tanto maior era a probabilidade de uma diferença ser notada. A menor diferença perceptível é designada como diferença-limite. Ernst Weber (1795-1878) foi o primeiro a realizar pesquisas sistemáticas sobre diferenças-limite.


Campos Da Psicologia

     O homem está submetido permanentemente a uma série de estímulos e informações. Para orientar-se no mundo, a escolha e a percepção dos estímulos, bem como sua elaboração, desempenham um importante papel. O comportamento do homem baseia-se em muitos elementos. Entre eles, a experiência de aprendizado, o modo de armazenamento do saber, quais estratégias de soluções de problemas são aplicadas, a motivação e os sentimentos. Para prever e explicar o comportamento de um homem, todos esses fatores tem de ser levados em conta.


quarta-feira, 31 de julho de 2013

Definição De Psicologia Hoje




     Como podemos estudar até aqui, não existe nenhuma imagem unitária da Psicologia. A Psicologia sempre foi dependente das imagens do homem e das diretrizes filosóficas dominantes e, desse modo, também esteve submetida a permanentes mudanças. Por isso, as definições antigas de Psicologia, como ciência da alma, ou termos como "Seelenkude" (doutrina da alma) se revelam insuficientes. Ainda hoje, inexiste uma definição unitária.
     Quem se põe à procura de tal definição, dá-se logo conta de sua inexistência. Em contrapartida, há de encontrar muitas definições diferentes. A Psicologia é uma ciência do comportamento e das vivências. Ocupa-se dos processos da percepção, do pensamento e da volição, bem como de faculdades tais como a inteligência. Ademais, examina os temperamentos, os interesses e posicionamentos, bem como o comportamento dos seres vivos como indivíduos e em sociedade.
     A Psicologia é uma ciência empírica. Ela não pode ser classificada exclusivamente como uma ciência natural, humana ou social. A Psicologia procura descrever e explicar a realidade, bem como encontrar regras e leis para isso. Intimamente relacionada com a explicação, encontra-se a tentativa de previsão do comportamento humano e, com base em determinadas conexões, a possibilidade de prever prováveis desenvolvimentos. Estes deverão ser então reforçados ou direcionados noutro sentido.

Psicologia Profunda

     Com a Psicologia Profunda, desenvolveu-se uma corrente contrária ao Behaviorismo. No centro de suas preocupações estava agora a distinção entre domínios conscientes e inconscientes, encontrando-se ocultos no inconsciente sobretudo pensamentos, lembranças e sentimentos. Partia-se de que a vivência e o comportamento conscientes poderiam ser influenciados por conteúdos inconscientes, e que, portanto, o inconsciente poderia representar uma fonte de sofrimento psíquico. O seu representante mais famoso é Sigmund Freud (1856-1939), que foi o fundador da Psicanálise.


Sigmund Freud (1856-1939)

     Seu método de tratamento surge do assim chamado método catártico - por meio da hipnose, induz os pacientes a retornarem ao estado psíquico no qual os sintomas se manifestaram pela primeira vez. Assim emergem do inconsciente lembranças, pensamentos e impulsos, cujas vivência e narração renovadas conduzem à regressão dos sintomas da doença. Freud chega assim ao reconhecimento de que particularmente os distúrbios da sexualidade causam doenças. Sua controversa teoria foi muito discutida, dando origem a novas escolas de Psicologia Profunda.
     Alfred Adler (1870-1937) considerava como principal causa da formação de neuroses a vontade de poder e de afirmação, favorecidas por exemplo pela angústia social.


Alfred Adler (1870-1937)

     Carl Gustav Jung (1875-1961), fundador da Psicologia Analítica, ampliou o conceito de inconsciente para o inconsciente coletivo e cunhou os conceitos de extroversão e introversão.


Carl Gustav Jung (1875-1961)

     No desenvolvimento posterior da Psicanálise, sobretudo nos EUA, a ênfase foi deslocada para a análise do papel das causas psicossociais e relativas às teorias do ambiente no surgimento das doenças.



terça-feira, 30 de julho de 2013

Behaviorismo


     Em 1912-13, aparecem os primeiros escritos sobre temas Behavioristas, de William McDougall (1871-1938) e John B. Watson (1878-1958). A Psicologia era definida aqui como doutrina do comportamento, entendendo-se comportamento como a reação de um organismo a um estímulo. Partia-se do princípio de que comportamentos complexos eram compostos de unidades simples de estímulo-resposta.

William McDougall (1871-1938)

     A Psicologia Behaviorista propõe-se a finalidade de ser  capaz de, sendo dado um estímulo, prever a respectiva resposta, ou de, contrariamente, com base na resposta, estabelecer qual estímulo a desencadeou. No centro das atenções estavam o surgimento de comportamentos aprendidos, bem como os efeitos de sucesso, fracasso, prêmio e punição. 

John B. Watson (1878-1958)

     Watson defendia a tese segundo a qual o comportamento inato seria substituível por novos hábitos livremente escolhidos: "Deem a uma dúzia de crianças sadias e bem conformadas e meu próprio especificado mundo, a fim de que elas possam ser criadas nele, e eu garanto que educarei qualquer uma, escolhida ao bel-prazer, de modo que ela se torne um especialista qualquer, para o qual eu a pudesse escolher - médico, jurista, artista, comerciante, sim, até mesmo mendigo ou ladrão, independentemente de seus talentos, inclinações, objetivos, faculdades e origem de seus ancestrais." A personalidade e o desenvolvimento da vida emocional eram vistos por Watson como resultado do aprendizado.
     Ao longo do processo de desenvolvimento posterior do Behaviorismo surgirão, cada vez mais, novas concepções teóricas. Assim, as interações estímulo-resposta, que constituem o comportamento, foram ampliadas por outros fatores, tais como a motivação. Representantes das novas teorias são Clark Hull (1844-1952) e Edward Tolman (1886-1956).


Clark Hull (1844-1952)
Edward Tolman (1886-1956)



                                         



Psicologia No Século 20

     No fim do século 19, a Psicologia conquistou cada vez mais a posição de uma ciência autônoma. Constituíram-se ramos da Psicologia Aplicada, sobretudo no âmbito da indústria, da arte militar e da psiquiatria.
     No século 20, surgiram correntes teóricas pertencentes unicamente à Psicologia, como Psicologia Profunda e o Comportamentalismo ou Behaviorismo.



Imagem meramente ilustrativa.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Psicologia Experimental


     No âmbito da Psicologia Experimental são investigadas as conexões de fenômenos psíquicos e suas condições de surgimento. Wilhelm Wundt (1832-1920) criou o primeiro laboratório psicológico em 1879, em Leibzig.
   
Wilhelm Wundt (1832-1920)

     A área de concentração de suas pesquisas era o domínio do psicodiagnóstico e das sensações dos sentidos, da apercepção, ou seja, a atenção, a reação e as emoções. Foram empregados métodos fisiológicos particularmente na investigação das emoções. Assim, Paul Mentz, um colaborador de Wilhelm Wundt, investigou a influência de sons, ruídos, gostos e imagens nas batidas do coração e na respiração.


Wilhelm Wundt e seus colaboradores.

     Ao mesmo tempo, em Berlim, Hermann Ebbinghaus (1850-1909) realizou experimentos sobre a memória. Em experimentos consigo mesmo, ele aprendeu a de cor sílabas sem sentido. Com base nos seus resultados de aprendizado, construiu duas curvas: por um lado, uma curva de aprendizado, que representa o crescimento da retenção na dependência do exercício, e, por outro, uma curva do esquecimento, que registra o decrescimento da retenção em relação com a duração do tempo passado desde o aprendizado. 


Interior do laboratório de Wilhelm Wundt 

Interior do laboratório de Wilhelm Wundt



                                   








Psicometria

     Como a alma era vista agora como parte da natureza, partia-se do princípio de que os fenômenos anímicos também eram passíveis de mensuração e contagem. Esse procedimento foi designado como Psicometria.
     Um dos primeiros que se ocuparam com a Psicometria foi Gustav Theodor Fechner (1801-87). Ele investigou as representações na consciência de características físicas e o efeito estético de objetos percebidos.



Gustav Theodor Fechner (1801-87)



Psicologia Fisiológica - Século 19

     O espírito humano, que realiza o conhecimento da sabedoria e de regularidades, estava no centro das atenções. Constituíam temas centrais de investigação à essência da alma, ou seja, a consciência, bem como a vida da alma, que abrange todas as funções psíquicas, tais como cognições, motivação e sentimentos.
     Mais funções psíquicas foram, então, consideradas em sua conexão com processos corporais. Essas considerações foram motivadas pelos crescentes conhecimentos sobre autonomia e fisiologia do sistema nervoso e sobre a ligação dos órgãos sensoriais e dos músculos com o cérebro.
     Um trabalho excepcional foi realizado por Hermann von Helmholz (1821-94), no qual são expostas as bases anatômicas, fisiológicas e físicas da visão. 
     Lançando mão desses conhecimentos, a Psicologia Científico-Natural concentrará sua atenção na Psicologia dos Sentidos e da Percepção.


Hermann von Helmholz (1821-94)


domingo, 28 de julho de 2013

Psicologia Do Desenvolvimento

     O começo da Psicologia do Desenvolvimento foi marcado por detalhadas exposições de casos singulares por parte de diversos pedagogos, escritores e cientistas. Em geral, eles observavam os próprios filhos e protocolizavam o seu desenvolvimento. Nos assim chamados Diários Paternos, eram registrados o desenvolvimento motor e da fala. O desenvolvimento em si mesmo era considerado como amadurecimento de disposições naturais. Por meio dessas observações, os pesquisadores tentavam distinguir os comportamentos herdados dos adquiridos.
     Em 1914, na obra de William Stern (1871-1938), aparece pela primeira vez a descrição de métodos experimentais para a investigação de fenômenos da Psicologia do Desenvolvimento.

William Stern (1871-1938)

     Apenas mais tarde, a Psicologia do Desenvolvimento seria estendida da infância à adolescência e, finalmente, por meio de Charlotte Buehler (1893-1974), a todos os estágios ou idades da vida.


Charlotte Buehler (1893-1974)