segunda-feira, 31 de março de 2014

Hipnoterapia

                                                                     Saiba  +

                                                             A Auto-Hipnose

     Já Immanuel Kant (1724-1804) descreve as possibilidades da Auto-Hipnose, e também as aplica. A Auto-Hipnose baseia-se em teorias da Psicologia Profunda. Supõem-se um Eu Consciente e outro Eu Inconsciente. O Eu Consciente dispõe de força de vontade, e o Eu Inconsciente, de força de imaginação. Como a força da imaginação é mais poderosa que a da vontade, é possível substituir pensamentos negativos por pensamentos conscientes positivos. Ideias doentias, por exemplo, podem ser transformadas em imagens saudáveis. Para a Auto-Hipnose pode-se utilizar uma gravação com as sugestões desejadas, que deve ser então ouvida várias vezes de olhos fechados.

Immanuel Kant (1724-1804)

Hipnoterapia

     O termo "Hipnose" origina-se do grego e significa tanto quanto o Sono. Contudo, durante a Hipnose não se dorme. Com efeito, a Concentração aumenta, e a atenção é dirigida para determinado estado de coisas. O hemisfério direito do cérebro, responsável pelo Pensamento Criativo, Imagético, é ativado, enquanto o hemisfério esquerdo, que influencia o Pensamento Lógico, Analítico, mantém o seu nível de atividade. No dia a dia pode também acontecer o assim chamado Transe, por exemplo, durante a leitura ou na execução de outra atividade.

     Na Hipnose Moderna, segundo Milton Erickson (1901-1980), abandonam-se as Teorias Patológicas, e parte-se de problemas vitais. Toda pessoa possui recursos positivos, que podem ser ativados pela Hipnose. É o potencial da pessoa que está aqui em primeiro plano, e não o seu déficit. Parte-se de que o cabedal de experiências de cada pessoa é muito grande, mas nem sempre Consciente. Por meio da Hipnose, a capacidade de solucionar problemas deve ser melhorada, e a Criatividade, estimulada. O terapeuta não oferece soluções; contrariamente, o paciente tem suas capacidades afirmadas e fortalecidas. Disso surge a confiança nas próprias capacidades de autoajuda. Por meio de imagens interiores, criadas por sugestão, processos curativos internos podem ser ativados.

Milton Erickson (1901-1980)

     A Hipnoterapia segundo Erickson articula-se em quatro fases:
  1. No processo de Indução ao Transe, são aplicadas técnicas de sugestão para o relaxamento.
  2.  Por meio de Inspiração e Expiração profundas devem ser provocados o relaxamento e a calma, que então como que se espalham pelo corpo. Para o aprofundamento do Transe são utilizadas também imagens.
  3. A fase seguinte é constituída pelo trabalho em Transe. Por meio das técnicas de relaxamento, o cliente alcança uma Consciência profunda. Ele pode, desse modo, adquirir uma Consciência mais clara de sentimentos e vivências desagradáveis, tendo então a possibilidade de lidar melhor com eles. Assim se torna possível abandonar modelos fixos de pensamento, e então desenvolver soluções criativas para os problemas. Depois de concluído o trabalho em Transe, o cliente é gradualmente despertado do transe.
  4. Segue-se a fase da Elaboração, na qual as vivências durante a Hipnose são trabalhadas pelo cliente, e desenvolvem-se novas possibilidades de ação. Esse procedimento é utilizado, por exemplo, nos casos de Ansiedade, Depressão, Distúrbios Psicossomáticos como Hipertensão ou Dores, de Abandono do Hábito de Fumar ou de Experiências Traumáticas.

Psicoterapia Catatímico-Imaginativa

                                                                            Saiba +

                                        Motivos Da Psicoterapia Catatímico-Imaginativa

Pradaria - Aqui se expressa o estado de ânimo atual. No prado, o paciente pode movimentar-se como na realidade.












Rio - Tem uma ligação íntima com o inconsciente. Purifica e anima, e, além disso, está relacionado com as ideias de fertilidade e de cura.











Montanha - Este motivo simboliza temas de realização. O modo como alguém sobe a montanha, se fácil ou difícil, mostra se existem problemas de capacidade.



Casa - É a imagem da própria pessoa. O modo como a pessoa organiza a casa e como se sente nela diz muito sobre si mesma.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Psicoterapia Catatímico-Imaginativa

     A Psicoterapia Catatímico-Imaginativa desenvolveu-se como procedimento terapêutico autônomo dentro da Psicanálise. Nesse método se trabalha com imagens da fantasia, do "sonhar acordado". Ponto de partida é a suposição de que Impulsos e Sentimentos Inatos bem como experiências de satisfação e frustração deixam marcas na Memória. Estas podem ser Conscientes ou Inconscientes, e determinam o agir e as Representações. Em estado de Relaxamento, o paciente deve desenvolver imagens com base em motivos prévios, como pradaria, riacho e semelhantes. Conflitos Inconscientes assomam, por essa via, à Consciência, podendo assim ser elaborados. As imagens, acompanhadas dos respectivos sentimentos, são descritas em detalhes pelo paciente. 



     Numa imaginação se podem vivenciar desejos, medos ou conflitos, que em outras situações seriam desqualificadas. Conflitos podem ser resolvidos no nível simbólico, e novos comportamentos podem ser provados. A Psicoterapia Catatímico-Imaginativa é estruturada em níveis sucessivos. No nível básico, temas atuais da vida são esclarecidos à mão de motivos-padrão. Outros motivos, como viajar de carruagem, são introduzidos no nível médio. Do mesmo modo, entram em jogo técnicas de controle do medo, como alimentar um animal tomado pelo medo até que este se acalme. No nível superior são liberados símbolos e imagens nos estratos mais profundos da Consciência, como Impulsos fortemente reprimidos. Desse modo se obtém uma compreensão aprofundada e se amplia a margem de ação.


     As imaginações tem um efeito calmante, pelo qual as tensões são desconstruídas. Também se dá um relaxamento anímico. Sentimentos estressantes do passado são revividos, podendo ser reavaliados. O paciente obtém a possibilidade de desenvolver novos sentimentos e modelos de comportamento. Como, nesse processo, o paciente pode contemplar a sua situação-problema de uma perspectiva superior, por assim dizer aérea, ele pode obter novos Insights. Por meio de exercícios imaginativos, a capacidade de realização e a criatividade são fortalecidas. Também se fortalece a autoconfiança e se desenvolve a tranquilidade no tratamento de situações de conflito.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Psicoterapia Corporal

                                                                     Saiba   +

                                           Bioenergética Segundo Alexander Lowen

     No contexto da Bioenergética, o corpo é considerado como energia que se descarrega em contrações musculares. Desse modo, o caráter manifesta-se nas posturas corporais e nos blocos musculares. As necessidades estão em estreita conexão com o desenvolvimento do corpo. Quando não podem ser satisfeitas, o corpo reage com estresse, o qual pode ser percebido na forma de contração muscular.

     Se o estresse persiste por muito tempo, desenvolvem-se tensões crônicas que também exercem influência sobre o caráter da pessoa. São determinantes aqui os conflitos e sonhos do desenvolvimento da pessoa na primeira infância.

     Segundo Lowen, o desenvolvimento da primeira infância articula-se em seis fases:

  1. Existência feliz no útero;
  2. Grande quantidade de necessidades depois do nascimento;
  3. Tentativa de autonomia do "eu infantil";
  4. Retorno da mãe e busca de conforto e segurança;
  5. Resistência renovada e separação dos pais;
  6. Despertar da sexualidade e surgimento dos conflitos edipianos.
   



Alexander Lowen (*1910)


     Como o desenvolvimento é muito complexo, a criança passa frequentemente por experiências estressantes, que determinam o seu caráter. Segundo Lowen, há cinco tipos de caráter, que, contudo, frequentemente aparecem como formas mistas:
  1. O Caráter Esquizoide - evita a proximidade e busca o isolamento.
  2. O Caráter Oral - contrariamente, busca a proximidade e é marcadamente infantil.
  3. O Caráter Psicopático - ocorre se a pessoa só permite a proximidade quando ela a pode controlar totalmente.
  4. O Caráter Masoquista - busca uma relação estreita, na qual ele se submete totalmente.
  5. O Caráter Rígido - busca, com cuidado, relações estreitas, mas não deseja ligar-se ao outro por meio de relações físicas.  

sábado, 8 de março de 2014

Psicoterapia Corporal

     Segundo Wilhelm Reich (1897-!957), a história de vida de uma pessoa se expressa em sua postura corporal, respiração e gestos. Há sentimentos e experiências que são retidas no corpo, protegendo a pessoa de experiências dolorosas. Desse modo, contudo, sua capacidade de vivenciar torna-se mais ilimitada. Nessa concepção holística de terapia, o corpo e o espírito estão em estreita relação um com o outro. Durante a Terapia, o Corpo está no centro das atenções. Parte-se de que tensões e más posturas são formas de bloqueio que podem prejudicar ou mesmo interromper o fluxo interno de energia. O fluxo de energia tem uma decisiva influência sobre o pensamento e o sentimento de uma pessoa. 

     São praticados exercícios para a respiração e musculatura, e o paciente é instado a prestar atenção nos sinais do corpo. Para livrar-se dessas formas Neuróticas de caráter, importa dissolver as tensões corpóreas. O objetivo da Terapia é a influência da energia corporal. Por isso na Terapia são aplicadas técnicas como massagem ou pressão. Ente outras coisas, em primeiro plano está o aprofundamento da respiração e da autoconsciência. Todas as experiências durante os exercícios físicos são, em seguida, elaboradas psicanaliticamente considerando a tensão entre Necessidades e Resistência.

Wilhelm Reich (1897-!957)

Psicodrama

     A suposição básica do Psicodrama é a existência, em cada pessoa, de um Potencial Criativo. Para o desenvolvimento desse Potencial são necessários papéis sociais e psíquicos, a fim de poder orientar-se no mundo e controlar as situações-problema. Em nossa sociedade, contudo, a pessoa é pressionada a assumir determinados papeis, por meio dos quais ela não pode vivenciar os próprios sentimentos ou o pode apenas parcialmente. Alguns papéis também são aprendidos de modo errado, o que pode dar origem a Neuroses. O ser humano é, em si, um ser social e criativo, que se move e desenvolve no interior de mundo ambiente. Quando sobrevém uma doença, a pessoa torna-se rígida e estática. Seus modelos de ação, nesse caso, são unilaterais e até perniciosos.


 

     O sentido e o fim do Psicodrama é a sondagem da verdade da Psique. Para isso, a capacidade humana é utilizada em Jogos de Cena, ações em papéis e apresentações em imagens e símbolos. Por meio da Representação e da Vivência dos Sentimentos Reprimidos, as Neuroses podem ser afastadas. No Psicodrama são representadas cenas que lançam luz sobre um conflito anímico ou uma relação interpessoal. Assim são feitos Insights e novas experiências no próprio agir. Experiências traumáticas devem ser revividas para que o paciente possa livrar-se delas. Ele pode também provar novos comportamentos. Representar algo é mais fácil que contar algo. Problemas e conflitos são encenados com o grupo, e interpretados com um amplo espectro de sentimentos e ações. Por meio do Psicodrama, o comportamento em suas multiplicidades e a atividade de cada indivíduo são encorajados e apoiados. São contempladas também a Espontaneidade, a Capacidade de Relacionar-se e a Criatividade. Desse modo se aumenta a confiança nas próprias capacidades. A faculdade de Empatia em si mesmo e nos outros é também melhorada. Essa forma de Terapia consiste em três fases:

  1. Fase de Aquecimento - os membros do grupo fazem contato uns com os outros. Discute-se qual conflito e qual tema serão representados.
  2. Fase de Representação - os papéis são assumidos pelos membros do grupo. A pessoa que sugeriu o tema é o Protagonista. No Psicodrama são aplicadas várias técnicas.
  3. Fase de Integração - todos os membros do grupo relatam suas vivências em cada papel. Comunicam-se assim, ao protagonista, impressões, sentimentos e pensamentos. Desse modo, podem desenvolver-se soluções e alternativas de comportamento. A Representação pode ser estimulante para os outros membros do grupo, uma vez que os próprios conflitos também podem ser elaborados.
 
                             


  

quarta-feira, 5 de março de 2014

Psicoterapia Centrada Na Pessoa

     Essa orientação terapêutica foi desenvolvida por Carl R. Rogers (1902-1987). O fundamento da Psicoterapia Centrada Na Pessoa do paciente é constituído pela tese segundo a qual a vida, no melhor dos casos, é um processo fluido, que se transforma permanentemente. A pessoa vive em um mundo de experiências em constante mutação, cujo centro crê ser ela mesma. Na pessoa aparecem estímulos e informações do mundo ambiente na forma de experiências e percepções.

     Reage ao mundo, tal como ela o experiência e o percebe. Por meio de experiências contínuas com a própria pessoa, desenvolve-se o Self. Aqui são coligidas suposições sobre as próprias capacidades, avaliações de si mesma e de outras pessoas consideradas importantes. O Self surge a partir de interações entre pessoa e o meio ambiente, e influencia a percepção e as avaliações de uma pessoa. A Terapia funda-se na tese segundo a qual toda pessoa possui a capacidade de desenvolver-se no sentido de uma maior maturidade e melhor funcionalidade psíquica.

Carl R. Rogers (1902-1987)

     Rogers acreditava que cada pessoa traz em si uma força que lhe ajuda a procurar e tornar o caminho ótimo. Essa força foi designada por ele como Tendência de Atualização. Esse caminho, contudo, pode ser atrapalhado por dificuldades ou sofrimentos atuais; nesse caso, o desenvolvimento é prejudicado. Distúrbios psíquicos ou sofrimentos surgem como consequência de uma assim chamada Incongruência. Todo homem tem a necessidade de desenvolver-se o melhor possível. Mas isso só ocorre quando as condições externas para tal são ótimas. Nas fases iniciais do desenvolvimento, a pessoa precisa de amor, conforto e atenção positiva de uma Pessoa-Referência para pode construir o Self e o Autoconceito. Se suas necessidades estiverem em contradição com o sistema de valores da Pessoa-Referência, a atenção positiva dessa pessoa referencial deixa de existir. Repetindo-se semelhantes situações, as próprias necessidades deixam de ser percebidas ou são distorcidas. O Autoconceito orienta-se então pelos desejos e necessidades da Pessoa-Referência, desqualificando-se assim as próprias necessidades. Isso acontece para atrair a atenção necessária. A esse fenômeno Rogers dá o nome de Incongruência.
     Para esta forma de Psicoterapia, estão em primeiro plano as seguintes questões: O que eu sou? De onde eu venho? O que quero? O paciente obtém assim acesso a seus pensamentos, e toma então consciência de sua Incongruência. Com isso está criada a pré-condição para uma reorganização do Autoconceito.

     Rogers interessava-se por quais intervenções terapêuticas são mais efetivas. Por isso, durante vários anos ele analisou os protocolos gravados em fita magnética de sessões terapêuticas. E chegou assim ao reconhecimento de que é mais importante para o paciente ter as condições apropriadas para ele mesmo controlar os seus problemas do que receber conselhos e prescrições de um terapeuta.

terça-feira, 4 de março de 2014

Terapia Comportamental

                                                                      Saiba  +

                                         Terapia Racional-Emotiva Segundo Albert Ellis


     Segundo Ellis (*1913), as Neuroses são causadas pelo assim chamado Pensamento Falso. O Falso pensamento pode surgir pela influência por parte dos pais ou dos professores, e ser conservada por meio da ideologia dominante na sociedade. Ellis descobriu alguns pensamentos irracionais típicos de pessoas Neuróticas. Por um lado, há o pensamento perfeccionista. A pessoa, nesse caso, gostaria de ser amada, por todas as outras pessoas, por todos os seus atos. Ela tem a pretensão de ser completamente competente, bem sucedida e inteligente. Gostaria também de ter o controle sobre tudo. Por outro lado, existe o pensamento catastrófico. Caracteriza-se pela convicção de que determinadas ações são negativas e conduzem à catástrofe. Há ainda o pensamento da autodepreciação. As próprias emoções não podem ser controladas, de modo que surge um sentimento de abandono. As pessoas precisam de algo mais forte a que possa confiar-se. Pessoas neuróticas dispõem de uma tolerância mínima à frustração, isto é, elas tendem a fugir dos problemas. Se algo é diferente do desejado, então já se trata de uma situação intolerável para elas.

Albert Ellis (*1913)


Terapia Comportamental

     A base da Terapia Comportamental consiste na tese segundo a qual a maior parte dos Comportamentos de uma pessoa foi adquirida durante o seu Desenvolvimento. Doenças psíquicas podem surgir de condicionamentos clássicos, por exemplo, quando alguém é atacado por um cão e mais tarde basta o olhar de um desses animais para que sinta medo. Teorias da Aprendizagem defendem que, para determinadas situações, a pessoa desenvolve um determinado comportamento, quando este é reforçado positiva ou negativamente. Se, por exemplo, uma criança só é tomada no colo pela mãe quando chora, então, depois de algum tempo, ela começará imediatamente a chorar assim que vir a mãe. 

     
     Por meio do Reforço Negativo, aprendem-se sobretudo modos insociáveis de comportamento. Se ainda for reforçado por algum ganho em prazer, esse comportamento se torna particularmente difícil de apagar. Sendo eliminado os reforços negativos e desenvolvidos modos de comportamentos alternativos, os comportamentos insociáveis podem então ser apagados. 

     A Terapia começa aqui com uma alteração das condições de vida e do ambiente, fazendo uso assim dos princípios da Teoria da Aprendizagem. No transcorrer da terapia, comportamentos desfavoráveis ou prejudiciais no dia a dia devem ser desaprendidos e substituídos por novos modos de comportamento. A Terapia baseia-se no fato de que a pessoa almeja autonomia. Assim, objetivos e representações vitais devem ser desenvolvidos e realizados. O ponto de partida da terapia é a situação problema-problema atual. Sobre a base de um modelo sistemático, que oferece uma explicação abrangente do comportamento humano, são distinguidos vários níveis: mental ou do pensamento, corpóreo, motor, emocional, interpessoal, familiar, existencial e o nível geral do comportamento.

     Entre esses níveis são levados em consideração, alguns sendo são tratados em detalhe. Pre-requisito para uma terapia bem sucedida é a participação ativa do paciente. Por meio de exercícios concretos, ele deve aprender a compreender e a modificar o próprio comportamento. Deve observar-se, avaliar o próprio comportamento e reforçar-se para um comportamento adequado, no sentido de recompensar. Com isso, o potencial de autoajuda deve ser ativado, e a responsabilidade própria fortalecida. 

     Para isso são aplicadas diferentes técnicas, como métodos de relaxamento, aprendizagem modelar, confrontação ou treino de solução de problemas. Um elemento importante da Terapia Comportamental é a Dessensibilização Sistemática. Modelos mentais que dão origem à insegurança social são elaborados e substituídos por modelos alternativos. 

sábado, 1 de março de 2014

Terapia Familiar

                                                                     Saiba  +

               Terapia Familiar Orientada Psicanaliticamente Segundo Horst Eberhard Richter


     As doenças psíquicas, segundo o modelo de Richter, resultam dos papéis atribuídos à pessoa pela respectiva família. Esta se desenvolve a partir das expectativas mútuas, Conscientes ou Inconscientes, de seus membros. Os papéis familiares tem  a função de mitigar as tensões inerentes aos conflitos. Caracteristicamente, os conflitos não são resolvidos dentro da família, mas seus membros, individualmente, assumem papéis por meio dos quais esses conflitos são reavaliados ou compensados. Esses papéis servem também para a Manipulação. Segundo Richter, há cinco tipos neuróticos de papéis familiares:


  1. Parceiro Substituto - um membro é coagido a funcionar como companheiro substituto, por exemplo, quando o filho substitui o pai falecido diante da mãe;
  2. Cópia ou Decalque - no qual um membro familiar exerce a função de representar, na forma de cópia, a auto-imagem de outro membro. Assim, por exemplo, a mãe, desejosa de ter uma aventura, acusa o pai de tê-la traído; 
  3. Papel do Self (Ing.; al., Selbst) Ideal - ele tem de realizar um ideal que outro membro não pôde realizar. Desse modo, esta pessoa recebe muita atenção e consideração. Quando não atingiu seus objetivos, o pai exige de seu filho altos níveis de desempenho;
  4. Papel do Self (Ing.; al., Selbst) Ideal Negativo - ocorre quando um membro familiar assume o lado negativo de outro membro. Este membro é o Bode Expiatório do sistema familiar;  
  5. O Aliado - um membro é coagido, nos conflitos dentro e fora da família, a fazer uma espécie de aliança com outro membro. Assim, por exemplo, quando há briga de casal, a mãe pode tentar combater o pai com a ajuda dos filhos.

Horst Eberhard Richter (*1923)

     Richter distingue três espécies de família neurótica:



  1. A Família Sanatório - é aquela que despreza todo estímulo externo e tenta impedir a autonomia de seus membros;
  2. A Família Fortaleza - na qual todos os sentimentos negativos são projetados em pessoas de fora da família. Desse modo, as relações internas da família são fortalecidas;
  3. A Família-Teatro - na qual todos os impulsos narcisistas são resolvidos no interior da própria família.

     Na Terapia, a própria família define o tema a ser abordado. O Terapeuta é, aqui, um ouvinte atento. Ele tenta penetrar empaticamente a estrutura de papéis da família em questão, tornando claros para ela esse sistema de papéis com suas consequências. A família deve ser motivada a trabalhar os problemas decorrentes dos papéis de modo autônomo, fora da terapia, e a evitar a fixação de papéis familiares.