Segundo Adler, todas as pessoas tem em diversas situações sentimentos de Inferioridade e de Fraqueza. E elas querem superar esses sentimentos. Esse desejo pode desencadear processos evolutivos que fortalecem a autoestima. Adler acreditava que a criança desenvolve um sentimento de Inferioridade diante dos pais e de adultos considerados mais fortes. Quando esse sentimento de Inferioridade é muito intenso, e sua percepção, doentia, a criança já tende então a proteger-se da Conscientização. Ela reprime esse sentimento, criando situações nas quais ela se sente grande, poderosa ou superior. Ela almeja o poder Social. O Sentimento de Inferioridade pode ser ainda mais fortalecido por meio do Status Social dos pais ou pela posição da criança entre os irmãos. Como filho mais novo, a criança sente-se constantemente obrigada a alcançar os demais e manter-se ao lado deles. O gênero sexual também desempenha aqui um importante papel. Com efeito, às meninas pode ser atribuído um papel socialmente inferior. Quando os pais se comportam para com a criança de modo muito autoritário ou então mimam demais, o seu sentimento de inferioridade pode ser ainda mais fortalecido. Com cinco anos mais ou menos, a criança desenvolve um estilo de vida específico, baseado em seu sentimento de inferioridade. Ela cria um plano de vida bem como linhas e imagens diretivas a fim de assegurar à sua vontade de afirmação. Esse desenvolvimento se dá em dois níveis:
Alfred Adler |
- Na idade de 04 à 10 anos, domina o estilo de vida infantil. A criança é egoísta, orientada para o poder, subjetiva e preconceituosa.
- O estilo de vida jovem, entre os 10 e os 20 anos, é mais regrado, lógico e racional. Forma a base para o sentimento de comunidade.
O sentimento de inferioridade promove, portanto, o desenvolvimento. Num desenvolvimento sadio, o sentimento de inferioridade é equilibrado pelo sentimento comunitário. O desenvolvimento interrompido ou parcial leva ao surgimento do Complexo de Superioridade, próprio da pessoa poderosa, que se situa fora da sociedade. Desse Complexo podem originar-se, por sua vez, Neuroses e Psicoses.
A formação dos Sintomas tem o objetivo de manter a si mesmo distante de determinadas situações da de vida, para as quais a pessoa não se sente preparada. Os Sintomas, por sua vez, tem como consequência o fato de a pessoa em questão atrair a atenção dos outros e, por conseguinte, desenvolver o sentimento de Autoestima. Os outros são instados a levar a pessoa afetada em consideração. Por meio dos Sintomas existentes, então, o poder vem a ser exercido pelos outros. Na Terapia, o sentimento de Autoestima é direcionado para Atividades Sociais satisfatórias. O paciente é apoiado na elaboração de seus fracassos.
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