quarta-feira, 23 de abril de 2014

Sigmund Freud - Vida E Obra

     Antes de focarmos na Psicanálise diretamente, ou em qualquer outra coisa, vamos aqui relembrar a vida e as obras daquele que, para muitos, foi, é e continuará sendo considerado o "Pai da Psicanálise", Sigmund Freud.


                                                                        Cronologia - Parte 1


  • Em 6 de Maio de 1856 nasce Sigismund Freud (ele mudará seu prenome para Sigmund aos 22 anos de idade). Segundo o costume, recebeu também um prenome judaico: Schlomo. O lugar em que nasceu, Freiberg, na Morávia, chama-se hoje Pribor. 
    Pribor-Morávia









  • 1859 - A crise econômica arruína o comércio de Jakob Freud (pai de Sigmund Freud). A família se instala (mal) em Viena em 1860. 
    Família de Freud









  • 1865 - Sigmund ingressa no Gymnasium, um ano antes da idade usual. 

Sigmund Freud Gymnasium










  • 1870 - Sigmund ganha as obras completas de Ludwig Borne; sua leitura terá grande influência sobre ele. 
    Ludwig Borne












  • 1873 - Aprovado no exame dos estudos secundários summa cum laude. Elogiado por seu estilo em alemão. Já leu muito em várias línguas. Por influencia de um colega (Heinrich Braun), pensa em cursar direito. Decide pela medicina após ouvir uma leitura do ensaio Sobre A Natureza, atribuído a Goethe. 
    Heinrich Braun










     






  • 1874 - Na universidade, Sigmund descobre os preconceitos anti-semitas e conclui que seu lugar é "na oposição". Acompanha os cursos de Brentano. 
  • 1876 - Primeiras pesquisas pessoais em Trieste, sobre as glândulas sexuais das enguias. Ingressa no laboratório de Brucke. 

  • 1877 - Publica o resultado de trabalhos anatômicos sobre o sistema nervoso da lampreia.

  • 1878 - Em suas pesquisas (no laboratório de Brucke), aproxima-se da descoberta do neurônio (assim denominado em 1891, por Waldeyer). Faz amizade com Breuer, 14 anos mais velho que ele, que o auxilia moral e materialmente (muitos empréstimos de dinheiro). 
    Joseph Breuer












  • 1879 - Segue (sem entusiasmo) os cursos de Psiquiatria de Meynert. Interessa-se apenas pelo aspecto neurológico das questões.

  • 1880 - Um ano de serviço militar. Breuer inicia o tratamento de Bertha Pappenheim (Anna O.). Freud traduz 4 ensaios de Stuart Mill (Sobre A Questão Operária; A Emancipação Das Mulheres; O Socialismo; Platão). Gostaria de evitar o ingresso na clinica médica e pensa numa carreira na pesquisa ou no ensino.

  • 1882 - É obrigado a acatar os conselhos dos amigos e professores: sem recursos materiais, não pode levar à frente uma carreira de pesquisador. Seria preciso esperar muito tempo pela vacância de uma cátedra. Conheceu Martha Bernays (de uma família de intelectuais judeus) e pretende se casar com ela: precisa ganhar a vida. Em Novembro, Breuer lhe fala o caso de Anna O., interrompido desde Junho. Freud fica impressionado, interessado, mas não influenciado.  

  • 1884 - Encarregado de um estudo sobre a Cocaína, descobre suas propriedades analgésicas, suspeita das qualidades anestésicas, mas não as valoriza. Carl Koller as estudará, o que lhe valerá grande sucesso. Isso não altera as boas relações de ambos; Freud administra cocaína a si mesmo, de modo imprudente. Não tendo nenhuma disposição à toxicomania, não é afetado e não suspeita do perigo. Faz, porém, alguns estragos à sua volta. Querendo curar seu amigo Fleischl, que é morfinômano, torna-o cocainômano e agrava seu caso. É criticado nos círculos médicos. Começa a tratar as doenças "nervosas" por eletroterapia. Aplica o método W. Erb. Ao mesmo tempo, desenvolve um método para a colocação de cortes de tecidos nervosos e publica um artigo sobre este tema e depois uma monografia sobre a Coca. Queria se fazer conhecido por alguma descoberta.

  • 1885 - Sigmund ocupa (por pouco tempo) um posto numa clinica privada, em que se utiliza ocasionalmente o Hipnotismo. Em Abril, destrói todos os seus papéis. Pensa por um instante em migrar para melhorar sua situação. É nomeado Privaldozent e em seguida  obtém uma bolsa para uma viagem de estudos. Decide ir para o serviço de Charcot na Salpêtrierè, em Paris. Ali, observa as manifestações da Histeria e os efeitos da sugestão. Charcot lhe causa grande impressão. Oferece-se para traduzir suas conferências e a proposta é aceita.  
    Jean Martin Charcot

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