sábado, 26 de abril de 2014

Sigmund Freud - Vida E Obra

                                                        Cronologia - Parte 3 (Final)


  • 1905 - Três Ensaios Sobre A Teoria da Sexualidade; Os Chistes E Sua Relação Com O Inconsciente; Fragmento de Uma Análise de Um Caso de Histeria (Dora). 

  • 1907 - Visita de Jung (em Fevereiro). 










  • 1908 - Visita de Ferenczi (em Fevereiro). Congresso de Salzburgo (em Abril). Segunda viagem à Inglaterra (em Setembro).

  • 1909 - Análise de uma fobia de um menino de cinco anos (O Pequeno Hans). Notas sobre um caso de neurose obsessiva (O Homem dos Ratos). Viagem aos Estados Unidos (em Setembro) com Jung e Ferenczi.

  • 1913 - Ruptura com Jung. Congresso de Munique. Lançamento de Totem e Tabu











  • 1918 - História de uma neurose infantil - O Homem dos Lobos

  • 1923 - Diagnóstico de câncer na mandíbula. Primeira operação. Publicação de O Ego E O ID.

  • 1927 - O Futuro de Uma Ilusão.

  • 1929 - Mal-Estar Na Civilização.

  • 1930 - Recebe o prêmio Goethe (Anna Freud o representa em Frankfurt e lê o discurso de agradecimento escrito por ele). Em Setembro, sua mãe morre.

  • 1933 - Em Maio, os nazistas queimam as obras de Freud em Berlim. 











  • 1939 - Em 23 de Setembro, morte de Freud. Publicação do final de Moisés e o Monoteísmo

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Sigmund Freud - Vida E Obra

                                                          Cronologia - Parte 2


  • 1886 - Sigmund Freud deixa Paris e segue para Berlim, onde se interessa pela Neuropatologia Infantil. De volta a Viena, trabalha algum tempo no Instituto de Doenças Infantis. Dá uma conferência sobre a Histeria e relata o que viu no serviço de Charcot: é mal recebido. Inicia sua clinica privada: inaugura seu consultório no Domingo de Páscoa. Casa-se com Martha em Setembro.  

  • 1887 - Sem abandonar a Eletroterapia, recomeça a utilizar o Hipnotismo. Nascimento de Mathilde (em Outubro). Primeira carta a Fliess (em Dezembro). 












  • 1889 - Viagem a Nancy, para encontrar Bernheim e Liebault. Nascimento de Jean-Martin, que recebeu o prenome de Charcot (em Dezembro).

  • 1891 - Publica um livro sobre Afasia, em que critica a teoria das localizações cerebrais. Nascimento de Oliver (como Cromwell). 

  • 1892 - Artigo sobre o tratamento Hipnótico. Consegue a colaboração de Breuer. Uma paciente (Elisabeth von R.) lhe impõe o método da Associação Livre. Nascimento de Ernst, assim chamado em homenagem a Brucke. 

  • 1893 - Formulação da teoria da Sedução Traumatizante (que terá de ser abandonada quatro anos depois). Nascimento de Sophie. 

  • 1895 - Publicação de Obsessões e Fobias. Lançamento dos Estudos Sobre A Histeria. Em Julho, em Bellevue, análise do sonho da injeção dada a Irmã. Nascimento de Anna (em Dezembro).

  • 1896 - Explosão de violentos sentimentos negativos contra Breuer. Escandaliza seu auditório numa conferência sobre a Etiologia Sexual da Histeria. Morte de seu pai, Jakob Freud (em Outubro)

  • 1897 - Descoberta do Édipo (em Outubro).

  •  1898 - Termina A Interpretação dos Sonhos (exceto o capítulo VII).

  • 1899 - Lançamento de A Interpretação dos Sonhos datada pelo editor de 1900.

  • 1901 - Publica Sobre os Sonhos, resumo de A Interpretação dos Sonhos. Escreve Sonho e Histeria, que relata a análise de Dora e só será publicado em 1905, com outro título. A relação com Fliess começa a se deteriorar.  Viagem a Roma. Publicação de A Psicopatologia da Vida Cotidiana (numa revista). 

  • 1903 - Sigmund Freud conquista seus primeiros discípulos (Fedem, Stekel, etc...)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Sigmund Freud - Vida E Obra

     Antes de focarmos na Psicanálise diretamente, ou em qualquer outra coisa, vamos aqui relembrar a vida e as obras daquele que, para muitos, foi, é e continuará sendo considerado o "Pai da Psicanálise", Sigmund Freud.


                                                                        Cronologia - Parte 1


  • Em 6 de Maio de 1856 nasce Sigismund Freud (ele mudará seu prenome para Sigmund aos 22 anos de idade). Segundo o costume, recebeu também um prenome judaico: Schlomo. O lugar em que nasceu, Freiberg, na Morávia, chama-se hoje Pribor. 
    Pribor-Morávia









  • 1859 - A crise econômica arruína o comércio de Jakob Freud (pai de Sigmund Freud). A família se instala (mal) em Viena em 1860. 
    Família de Freud









  • 1865 - Sigmund ingressa no Gymnasium, um ano antes da idade usual. 

Sigmund Freud Gymnasium










  • 1870 - Sigmund ganha as obras completas de Ludwig Borne; sua leitura terá grande influência sobre ele. 
    Ludwig Borne












  • 1873 - Aprovado no exame dos estudos secundários summa cum laude. Elogiado por seu estilo em alemão. Já leu muito em várias línguas. Por influencia de um colega (Heinrich Braun), pensa em cursar direito. Decide pela medicina após ouvir uma leitura do ensaio Sobre A Natureza, atribuído a Goethe. 
    Heinrich Braun










     






  • 1874 - Na universidade, Sigmund descobre os preconceitos anti-semitas e conclui que seu lugar é "na oposição". Acompanha os cursos de Brentano. 
  • 1876 - Primeiras pesquisas pessoais em Trieste, sobre as glândulas sexuais das enguias. Ingressa no laboratório de Brucke. 

  • 1877 - Publica o resultado de trabalhos anatômicos sobre o sistema nervoso da lampreia.

  • 1878 - Em suas pesquisas (no laboratório de Brucke), aproxima-se da descoberta do neurônio (assim denominado em 1891, por Waldeyer). Faz amizade com Breuer, 14 anos mais velho que ele, que o auxilia moral e materialmente (muitos empréstimos de dinheiro). 
    Joseph Breuer












  • 1879 - Segue (sem entusiasmo) os cursos de Psiquiatria de Meynert. Interessa-se apenas pelo aspecto neurológico das questões.

  • 1880 - Um ano de serviço militar. Breuer inicia o tratamento de Bertha Pappenheim (Anna O.). Freud traduz 4 ensaios de Stuart Mill (Sobre A Questão Operária; A Emancipação Das Mulheres; O Socialismo; Platão). Gostaria de evitar o ingresso na clinica médica e pensa numa carreira na pesquisa ou no ensino.

  • 1882 - É obrigado a acatar os conselhos dos amigos e professores: sem recursos materiais, não pode levar à frente uma carreira de pesquisador. Seria preciso esperar muito tempo pela vacância de uma cátedra. Conheceu Martha Bernays (de uma família de intelectuais judeus) e pretende se casar com ela: precisa ganhar a vida. Em Novembro, Breuer lhe fala o caso de Anna O., interrompido desde Junho. Freud fica impressionado, interessado, mas não influenciado.  

  • 1884 - Encarregado de um estudo sobre a Cocaína, descobre suas propriedades analgésicas, suspeita das qualidades anestésicas, mas não as valoriza. Carl Koller as estudará, o que lhe valerá grande sucesso. Isso não altera as boas relações de ambos; Freud administra cocaína a si mesmo, de modo imprudente. Não tendo nenhuma disposição à toxicomania, não é afetado e não suspeita do perigo. Faz, porém, alguns estragos à sua volta. Querendo curar seu amigo Fleischl, que é morfinômano, torna-o cocainômano e agrava seu caso. É criticado nos círculos médicos. Começa a tratar as doenças "nervosas" por eletroterapia. Aplica o método W. Erb. Ao mesmo tempo, desenvolve um método para a colocação de cortes de tecidos nervosos e publica um artigo sobre este tema e depois uma monografia sobre a Coca. Queria se fazer conhecido por alguma descoberta.

  • 1885 - Sigmund ocupa (por pouco tempo) um posto numa clinica privada, em que se utiliza ocasionalmente o Hipnotismo. Em Abril, destrói todos os seus papéis. Pensa por um instante em migrar para melhorar sua situação. É nomeado Privaldozent e em seguida  obtém uma bolsa para uma viagem de estudos. Decide ir para o serviço de Charcot na Salpêtrierè, em Paris. Ali, observa as manifestações da Histeria e os efeitos da sugestão. Charcot lhe causa grande impressão. Oferece-se para traduzir suas conferências e a proposta é aceita.  
    Jean Martin Charcot

terça-feira, 22 de abril de 2014

"E Por Que Não A Psicanálise...?"

"Entre Os Diversos Ramos Da Psicologia, Porque Será Que Escolhi Logo A Psicanálise? Quando Paro E Penso Sobre Essa Questão, Uma Resposta Muito Simples, Ao Contraponto Dessa Ciência, Que É Muito Complexa, Apesar De Não Ser Completa, Me Escapa Dos Lábios: Escolhi A Psicanálise Porque É O Que Mais Me Faz Sentido.
Vivemos Numa Sociedade Tão Repressora E, Ao Mesmo Tempo, Tão Permissiva E Mesmo Assim Não Percebem Que A Todo Momento Esbarramos Em Chistes, Sobrevivemos À Repressão E Convivemos Com Os Atos Falhos.
Todos Provenientes Desses Desejos Libidinais Do Nosso Inconsciente, Querendo De Uma Maneira Ou De Outra, Serem Realizados, Aparecerem (Daí A Busca Da Completude Nunca Alcançada), Carentes De Uma Representação... E O Mais "Mágico" Da Psicanálise, Pelo Menos Em Minha Humilde Opinião, É Justamente Esse Caminho Que Temos Que Trilhar Se Quisermos, De Fato, Saber O Significado Desses Atos Falhos, Dessas Neuroses, E Conceber, Através Da Análise, Uma Representação Adequada Para Elas...
Após Essa Breve Nota, Eu Respondo A Questão Inicial De Forma Sucinta E Esclarecedora... E Por Que Não A Psicanálise?"

Rômulo Victor  



domingo, 20 de abril de 2014

A Psicanálise Segundo Sigmund Freud

                                                                      Saiba   +

                                                        Os Mecanismos De Defesa



  • Recalque - Repressão inconsciente de uma necessidade pulsional 












  • Regressão - Recaída a um nível de desenvolvimento geneticamente inferior 








  • Conversão - Transformação de conflitos psíquicos em sintomas físicos 











  • Formação Reativa - Desenvolvimento de um comportamento oposto ao impulso original, por exemplo, prazer transforma-se em náuseas 











  • Projeção - Deslocamento de impulsos instintivos, falhas, desejos, etc... a outras pessoas ou situações 











  • Introjeção - Assunção pelo eu de opiniões e motivos alheios 









  • Sublimação - Desejos são transferidos para objetos mais elevados, por exemplo, a energia sexual é empregada em realizações culturais e sociais 









  • Racionalização - Justificação racional do próprio comportamento 









  • Substituição - O objeto original do desejo é trocado por outro, por exemplo, a agressividade para com o chefe é transferida para o subordinado 

A Psicanálise Segundo Sigmund Freud

                                                                         Saiba  +


                                                             Alguns Símbolos Oníricos


  • Ser Humano - Casa 





  • Pais - Imperador/Rei Imperatriz/Rainha








  • Irmãos, Crianças - Animais Pequenos, Bichos




  • Morrer - Viajar, Andar de Trem, etc... 








  • Genitais Masculinos - Bengala, Guarda Chuva, Árvore, Armas Pontiagudas, Espingarda, Torneira, Chafariz, Lustre Pendente, Balões, Répteis 












  • Genitais Femininos - Caverna, Cova, Vasilha, Concha, Caixa, Bolsa, Barco, Armário, Forno, Quarto, Maçã, Fruta, Joia, Paisagem, Jardim 

sábado, 19 de abril de 2014

A Psicanálise Segundo Sigmund Freud

     A Psicanálise é um método de "cura" de doenças anímicas criado por Sigmund Freud. Originalmente, Psicanálise significa "Análise da Alma". Várias teorias da Psicologia Profunda tiveram aqui sua origem. Freud partiu do princípio de que o ser humano é confrontado constantemente com vivências que são recalcadas no Inconsciente. O ser humano tenta, também inconscientemente, impedir que esse conteúdo reprimido chegue à Consciência. Ele tenta proteger-se, pois teme Inconscientemente os sentimentos desagradáveis que podem surgir no processo de Conscientização. Essa proteção pode dar-se por rejeição ou defesa. Há vários mecanismos de defesa que podem ser usados inconscientemente pelas pessoas.

     Para o desenvolvimento do caráter, o entendimento ou ajuste com o assim chamado Complexo de Édipo é especialmente importante. Quando Impulsos Sexuais não podem ser realizados, surgem conflitos que são reprimidos no Inconsciente. Desse modo, a energia sexual, a assim chamada Libido, é acumulada. Freud via na Repressão a base das Neuroses. Os Sintomas Neuróticos são considerados uma forma de Satisfação Substitutiva da Pulsão Sexual. As Neuroses surgem de determinadas vivências na primeira infância, que para o adulto não são mais conscientes. Trata-se aqui de conflitos de Fundo Emocional. Surgem da concorrência entre Impulsos do ID com a Instância Moral do SUPEREGO. Se o conflito não puder ser resolvido, surge então, ao modo de uma má solução, a Neurose. Nesse processo, os sentimentos são separados das representações mentais. As Representações são deslocadas para o inconsciente, mas energia ligada aos sentimentos continua atuando. Ela pode aparecer, então, como sintoma físico, como Paralisia ou Cegueira. É possível também que a energia recombine com outras representações. Assim Freud explica o surgimento de pensamentos ou ações de Coerção ou Fobias.

Sigmund Freud 

     Aquilo que foi Reprimido no Inconsciente pode retornar também na forma dos assim chamados Atos Falhos, como lapso verbal ou esquecimento, em sonhos ou também na Terapia. Para Freud, os Sonhos eram mensageiros do Inconsciente, tendo reservado para eles um grande espaço na sua Terapia. Ele acreditava que também há um censor no Sonho. Assim, um Pensamento Latente do Sonho, ou seja, um conteúdo oculto, é transformado em um conteúdo onírico manifesto. O conteúdo manifestado no Sonho representa por meio de imagens simbólicas uma pequena parte do pensamento ou conteúdo onírico latente. Esses símbolos tem de ser interpretados na Terapia.

     Segundo Freud, a maioria dos Símbolos Oníricos é de natureza sexual. Como explicação, ele recorre a uma teoria linguística. Esta afirma que no surgimento e desenvolvimento da linguagem, as necessidades sexuais teriam desempenhado um papel preponderante. Os fonemas primitivos teriam tido a função de atrair o parceiro sexual. O desenvolvimento posterior da linguagem, nos quadros dessa teoria, determinou o trabalho em conjunto. Interesses sexuais seriam deslocados para o trabalho. O trabalho, portanto, tornou-se um sucedâneo da Atividade Laboral quanto o ato sexual. Com o tempo, o significado sexual da palavra desaparece. O Símbolo Onírico contém, segundo Freud, o resíduo da antiga Identidade da palavra.

Sigmund Freud

     Com a assim chamada Livre Associação  de Idéias, Freud interpreta os Símbolos que aparecem no Sonho. Nesse processo, que não é aplicado apenas na Interpretação de Sonhos, o paciente tem a tarefa de dizer tudo que lhe ocorre sobre determinada coisa, acontecimento, Símbolo, pessoa ou Sonho. Não deve negligenciar nada nem silenciar por vergonha. Na Livre Associação de Idéias, o terapeuta comporta-se de modo preponderantemente passivo e não avalia as declarações do paciente. Se o paciente se desviar ou divagar em torno de determinado tema, o terapeuta então o reconduz, fazendo-o confrontar-se com o tema. O terapeuta também faz perguntas a fim de aprofundar o tema. 

     Uma parte essencial da terapia, contudo, é constituída pela Interpretação. O terapeuta formula a sua visão da conexão entre os fenômenos observados e as causas . Por meio da Interpretação, determinados aspectos do Inconsciente devem tornar-se Conscientes ao paciente. Somente com a Conscientização podem dar-se alterações de comportamento. Muitas vezes, o paciente reage com Resistência, uma vez que a situação original  foi vivenciada na ocasião como ameaçadora e desagradável.
 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Terapia Analítica Segundo Carl Gustav Jung

     Para Jung, a Psique também é constituída por uma parte Consciente e outra Inconsciente. Jung subdivide o Inconsciente ainda em Inconsciente Pessoal e Coletivo. No Inconsciente Pessoal, encontram-se Conteúdos Psíquicos Inconscientes que a pessoa foi adquirindo ao longo de sua vida. O Inconsciente Coletivo abrange a Herança de Gerações Passadas. Os conteúdos revelam-se com frequência em Sonhos com Símbolos Arcaicos, os assim chamados Arquétipos. O Arquétipo Central é o Self. Abrange tanto o Núcleo da Personalidade quanto todo o Cosmo. Representa a Completude do Ser Humano, com suas contradições e polaridades. Em determinadas Fases da Vida de uma pessoa, ocorrem situações que ativam determinados Arquétipos.

Carl Gustav Jung

     Jung acreditava que os Arquétipos influenciam o desenvolvimento de uma pessoa de modo determinante. Ele denomina esse desenvolvimento de processo de Individuação. A Individuação transcorre em duas fases:
  1. Na primeira metade da vida, a pessoa tem a tarefa de ocupar o seu lugar no mundo externo. As funções principais da Consciência no Eu tem de ser desenvolvidas. Ela deixa a família para construir a sua Persona. Isso ocorre na vida profissional, na constituição da própria família e na sua posição social. Nesse tempo se produzem quatro processos Psíquicos: as Funções Básicas - Pensamento, Intuição, Sentimento e Sensação -, que podem manifestar-se como Introversão ou Extroversão.
  2. Na segunda metade da vida, a pessoa depara-se com o Mundo Interno. Ele amplia o conhecimento do ser humano e de si mesmo, à medida que toma consciência de propriedades inconscientes. Dá-se, então, um entendimento ou ajuste com os Arquétipos. Primeiramente, ele se depara com a Sombra, o lado desconhecido do Eu. Este contém o Reprimido, o Não-Vivido. A pessoa é constantemente perseguida por uma Sombra, que representa as partes positivas e negativas da Personalidade. A Sombra tem a capacidade de controlar a pessoa. Pode conter, entre outras coisas, Más Intenções, Impulsos Sexuais ou ainda Facetas Artísticas. Uma forma especial de Sombra são a Anima, nos homens, e o Animus, nas mulheres. São determinadas pela parte sexualmente oposta dos pais, e fazem-se valer na escolha do parceiro. Anima e Animus estão, por assim dizer, no umbral para o Inconsciente, o reino dos Arquétipos. Quando por algum motivo a Individuação é prejudicada, surgem então doenças psíquicas.

     O objetivo da Terapia é levar adiante a Auto-Realização. O Self deve ser conduzido das estruturas arquetípicas para uma vida configurada individualmente. O procedimento terapêutico consiste em apoiar o crescimento e a Individuação. Em primeiro plano estão o Fortalecimento do Eu, a Resistência diante dos Arquétipos Coletivos, bem como o crescimento relativamente a um Self plenamente integrado. A pessoa deve estar em condições de reconhecer a sua Sombra e também o seu lado positivo.

     O entendimento ou ajuste com os mitos e fábulas é de grande importância. Aqui são apresentados os efeitos dos Arquétipos. Ademais se reúne o tesouro completo de experiências da humanidade na sua lida com crises e problemas. Além da Interpretação dos Sonhos, empregam-se na Terapia a Imaginação Ativa e a Criação Inconsciente, como a Pintura, a Dança ou Modelagem.

Psicologia Individual De Alfred Adler

     Segundo Adler, todas as pessoas tem em diversas situações sentimentos de Inferioridade e de Fraqueza. E elas querem superar esses sentimentos. Esse desejo pode desencadear processos evolutivos que fortalecem a autoestima. Adler acreditava que a criança desenvolve um sentimento de Inferioridade diante dos pais e de adultos considerados mais fortes. Quando esse sentimento de Inferioridade é muito intenso, e sua percepção, doentia, a criança já tende então a proteger-se da Conscientização. Ela reprime esse sentimento, criando situações nas quais ela se sente grande, poderosa ou superior. Ela almeja o poder Social. O Sentimento de Inferioridade pode ser ainda mais fortalecido por meio do Status Social dos pais ou pela posição da criança entre os irmãos. Como filho mais novo, a criança sente-se constantemente obrigada a alcançar os demais e manter-se ao lado deles. O gênero sexual também desempenha aqui um importante papel. Com efeito, às meninas pode ser atribuído um papel socialmente inferior. Quando os pais se comportam para com a criança de modo muito autoritário ou então mimam demais, o seu sentimento de inferioridade pode ser ainda mais fortalecido. Com cinco anos mais ou menos, a criança desenvolve um estilo de vida específico, baseado em seu sentimento de inferioridade. Ela cria um plano de vida bem como linhas e imagens diretivas a fim de assegurar à sua vontade de afirmação. Esse desenvolvimento se dá em dois níveis:

Alfred Adler

  1.      Na idade de 04 à 10 anos, domina o estilo de vida infantil. A criança é egoísta, orientada para o poder, subjetiva e preconceituosa. 
  2.      O estilo de vida jovem, entre os 10 e os 20 anos, é mais regrado, lógico e racional. Forma a base para o sentimento de comunidade.
     O sentimento de inferioridade promove, portanto, o desenvolvimento. Num desenvolvimento sadio, o sentimento de inferioridade é equilibrado pelo sentimento comunitário. O desenvolvimento interrompido ou parcial leva ao surgimento do Complexo de Superioridade, próprio da pessoa poderosa, que se situa fora da sociedade. Desse Complexo podem originar-se, por sua vez, Neuroses e Psicoses. 
     A formação dos Sintomas tem o objetivo de manter a si mesmo distante de determinadas situações da de vida, para as quais a pessoa não se sente preparada. Os Sintomas, por sua vez, tem como consequência o fato de a pessoa em questão atrair a atenção dos outros e, por conseguinte, desenvolver o sentimento de Autoestima. Os outros são instados a levar a pessoa afetada em consideração. Por meio dos Sintomas existentes, então, o poder vem a ser exercido pelos outros. Na Terapia, o sentimento de Autoestima é direcionado para Atividades Sociais satisfatórias. O paciente é apoiado na elaboração de seus fracassos.