domingo, 26 de janeiro de 2014

Psicologia Da Religião

                                                Religião E Psicologia Social

     A religião está sempre vinculada a um grupo, isto é, há muitas pessoas que partilham da mesma fé. As convicções religiosas do indivíduo em geral não são definidas como religião. Cada religião consiste em determinados pontos de vista, modos de comportar-se e vivências. Os pontos de vista ou as crenças oferecem uma explicação do sentido e do fim da vida humana. Cada grupo possui os próprios conceitos, símbolos e ritos.
     Quando alguém se filia a um grupo religioso, ele assimila a religião por um processo de aprendizagem. Desse modo, participa também de um processo social. Aprende como devem ser interpretados certos acontecimentos e comportamentos. Por meio dos artigos de fé e dos ritos são possíveis vivências muito pessoais. O crente experimenta por meio disso a coesão da comunidade bem como a própria identidade. Também aqui se distingue entre grupo próprio e alheio. No contexto religioso, a delimitação diante de grupos estranhos é extremamente estrita. Os grupos alheios simbolizam, em muitos casos, o mal. Frequentemente se dá também uma delimitação diante daqueles que tem uma orientação política ou sexual diferente da aceita pelo próprio grupo. A relação entre grupos pode, contudo, desenrolar-se de um modo positivo. Considerem-se, por exemplo, os grupos existentes no interior do Cristianismo, os quais em geral trabalham bem uns com os outros, surgindo conflitos apenas de vez em quando entre eles.
     Dentro de um grupo há naturalmente papéis e, na maioria das vezes, também há uma hierarquia. A posição da hierarquia é representada por símbolos de status, como vestes rituais, ornamentos ou insígnias. No interior de um grupo religioso existem, naturalmente, normas às quais todo novo membro precisa se adaptar rapidamente. Uma autoridade observa  se as normas estão sendo cumpridas. Para isso são implementadas premiações, como bênçãos, ou punições, por exemplo, sanções, penitências, etc. A pressão no interior de um grupo é tanto maior, quanto mais distante este for das normas e dos valores da sociedade.




     O novo membro, agora, dedicar-se-á totalmente à comunidade, rompendo todos os contatos sociais. Quando o grupo se delimita em alta medida do resto da sociedade, os seus líderes precisam empenhar-se muito para manter os membros do grupo. Na fase de admissão, podem ser empregados certos processos como a assim chamada Lavagem Cerebral. Quando não há preocupação com o fato de o indivíduo ser ou não capaz de elaborar as informações, trata-se então de sugestão ou propaganda. Por esses meios o indivíduo é manipulado. Isso se dá sobretudo por meio de mensagens emocionais e pela constante repetição de determinados estado de coisas. A tentativa de persuasão não pode ignorar os valores e conhecimentos dos ouvintes. Há apenas uma resposta correta, e os ouvintes devem ser convencidos de que esta é a única possibilidade de salvação. Procissões, música e canto podem reforçar ainda mais o efeito daquilo que foi dito. O discurso de persuasão é mais bem sucedido quando proferido por pessoas com grande autoridade, por exemplo, um mestre de uma  terra distante.

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